Na
constrtução de uma linguagem o corpo do intérprete/bailarino começa a se
expressar de uma forma específica e única e é essa a forma que irá caracterizar
a linguagem. É um processo longo até que haja e apareça algo significativo,
novo, diferente e autoral.
O trabalho de
sensibilização nos prepara e ativa para a consciência desse processo em todos
os níveis – físicos , emocionais e sensorias.
Quando digo
sensibilização não me refiro só às práticas somáticas para essa experiência.
Mas também a uma abordagem sensível e orgânica de trabalhar as técnicas de
formação em dança.
Dançar não é
apenas movimentar-se bem, é antes de tudo sentir e perceber o corpo, se
apropiar dessa ação, transformar essa ação em sua forma de ser, na sua dança,
no seu corpo, ouvir e seguir o seu
instinto.
Assim como o
pensar é um exercício, o sentir também precisa ser exercitado.
O
desenvolvimento do trabalho físico, emocional e sensorial concomitantes
fortalece o amaduracimento para um corpo expressivo e criativo que comunica e
contamina. Constrói um intérprete inteiro, livre de medos, pudores, tensões e
distrações, capaz de atuar com entrega plena.
Claudia de Souza
Diretora e coreógrafa da Cia Danças
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