Cia. Danças Claudia de Souza, vem desenvolvendo sua trajetória no cenário artístico da dança há 20 anos por meio de uma intensa atividade que tem como foco a pesquisa, criação, difusão e formação cultural, o que evidencia a construção de uma linguagem própria, com trabalhos que exploram questões ligadas ao contexto sócio cultural brasileiro, relevantes para a formação de sua identidade corporal.
terça-feira, 17 de setembro de 2013
domingo, 10 de fevereiro de 2013
Temporada fevereiro 2013 no Centro Cultural da Penha
Tem sido muito boa a nossa temporada no Centro Cultural da Penha.
A primeira semana tivemos um ótimo público. Nessa semana do Carnaval, também estamos tendo público. Ontem foi mais fraco...chuva, viagem e Carnaval...hoje foi bem melhor e acredito que amanhã será bom também.
Essa cidade é tão grande, tem tanta gente, que tem público para tudo e todos!!
É curioso, porque essa é a terceira temporada da Cia durante o Carnaval.
Para quem estiver por aqui, aproveita e vai nos assistir.
Ficamos até a semana que vem.
segunda-feira, 28 de janeiro de 2013
Formação de público
Uma reflexão sobre público,
artista, espetáculo, obra.
· Formação
de público
· Educação
sensível
· Identidade
· Contar
e ouvir histórias
· Histórias
pessoais, coletivas, do lugar, histórias que contribuem para formação de uma
identidade.
· Identidade
= Cultura
· Mitos,
lendas = história = identidade = subjetividade
· Identidade
e alteridade
· Narrativa
= percurso
· Emancipação
· Cuidar
· Olhar
· Sentir
· Agente
transformador e provocador
Esses são pontos que venho observando,
refletindo e praticando e que me levam a reflexão sobre esse polêmico assunto
que é a formação de público. Não
acredito que devemos formar o público para assistir um espetáculo, ouvir uma música,
apreciar uma obra, mas para não abrir mais uma discussão sobre terminologia,
conceitos e palavras resolvi , a princípio, assumir esse nome e me concentrar
em pensar e criar mecanismos e dispositivos de sensibilizar, aguçar e abrir o
caminho das sensações. Tornar isso valido e importante para se experenciar arte.
Transpor o abismo que separa a passividade da atividade.
Muitas questões me foram provocadas pela
leitura do livro Espectador emancipado
de Jacques Rancière .
A emancipação, por sua vez, começa quando
se questiona a posição entre o olhar e agir, quando se compreende que as
evidências que assim estruturam as relações do dizer, do ver e do fazer
pertencem a estrutura da dominação e da sujeição. Começa quando se compreende
que o olhar é também uma ação que confirma ou transforma essa distribuição de
posições. O espectador também age, tal como o aluno ou o intelectual. Ele
observa, seleciona, compara, interpreta. Relaciona o que vê com muitas outras
coisas que viu em outras cenas, em outros tipos de lugares. Compõe seu próprio
poema com elementos do poema que tem diante de si. Participa da performance
refazendo-a a sua maneira, furtando-se, por exemplo, à energia vital que esta
supostamente deve transmitir para transformá-la em pura imagem e associar essa
pura imagem a uma história que leu ou sonhou, viveu ou inventou. Assim são ao
mesmo tempo espectadores distantes e intérpretes ativos do espetáculo que lhes
é proposto.
**
Nesses meus anos de contato
com público variado em diversos locais que me apresentei, percebi sempre um
desejo da plateia, sobretudo em entender o espetáculo, o que ele quer dizer,
que história é essa, se entendi certo. Uma dificuldade ou falta de conhecimento
para experimentar apenas a sensação daquele momento, que não tem certo ou
errado em arte, que pode não fazer sentido e muitas vezes não faz.
Essa minha investigação sobre
plateia, publico e cena...na verdade está diretamente ligada ao meu trabalho
como coreógrafa e aos princípios desse trabalho. Evidente que existem muitas
outras maneiras de refletir sobre esse assunto, mas faço um recorte a partir do
que venho experimentando nas minhas criações e interrelações: artista, plateia,
espaço, dramartugia, interpretação...
Abaixo cito mais um trecho
do livro O Espectador Emancipado de Jaqces Rancière, pois ele coloca
questões que me foram e são muito importantes na criação e na análise sobre
esse assunto que venho tratando nas minhas criações.
O espectador deve ser retirado da posição de observador que examina
calmamente o espetáculo que lhe é oferecido. Deve ser desapossado desse
controle ilusório, arrastado para o círculo mágico da ação teatral, onde
trocará o privilégio de observador racional pelo do ser na posse de suas
energias vitais integrais.
Tais atitudes fundamentais resumem o teatro épico de Brecht e o
teatro da crueldade de Artaud. Para um o espectador deve ganhar distância: para
o outro deve perder toda e qualquer distância. Para um deve refinar o olhar,
para o outro deve abdicar da sua própia posição de observador.
sábado, 26 de janeiro de 2013
Ateliê Coreográfico no SESC Pinheiros!!delícia de encontro!!
Diferentes maneiras de pensar e utilizar o corpo para construir movimentos dançantes, diferentes visões e entendimentos do corpo e da dança, diferentes corpos com diferentes cargas culturais se comunicam, se relacionam e conseqüentemente se movimentam.
Registro de um momento, tivemos vários.
Agradeço a todos os participantes pelos momentos intensos, de troca, acolhimento, experiência criativa , dança e conversa!!
Breve no veremos.
Claudia
Breve no veremos.
Claudia
quarta-feira, 23 de janeiro de 2013
Divulgação temporada Fevereiro de 2013
A Cia Danças Claudia de Souza estará apresentando o
seu mais recente espetáculo PROFANAÇÃO no Centro Cultural da Penha / Teatro
Martins Penna de 01 à 17 de fevereiro, sempre ás sextas, sábados e domingos.
Sextas e sábados às 20h00 e domingos às 19h00.
Gratuito.
O endereço e Largo do Rosário, 20 – Penha.
Telefone 011 22950401
centroculturaldapenha@gmail.com
PROFANAÇÃO
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Cia. Danças
Claudia de Souza, vem desenvolvendo sua trajetória no cenário artístico da
dança há 16 anos por meio de uma intensa atividade que tem como foco a
pesquisa, criação, difusão e formação cultural, o que evidencia a construção de
uma linguagem própria, com trabalhos que exploram questões ligadas ao contexto
sócio cultural brasileiro, relevantes para a formação de sua identidade
corporal.
"PROFANAÇÃO", o mais recente trabalho da Cia Danças Claudia de
Souza, partiu inicialmente de uma
pesquisa sobre o samba sua história, raízes , movimentos. Concomitante a essa
investigação surgiu a inspiração propiciada pela leitura do livro ‘Profanações’
de Giorgio Agamben que veio compor a pesquisa da coreógrafa em observar o samba
como um ritual.
Em seu ensaio Elogio da profanação, Giorgio
Agamben se dedica a abrir relações comuns entre as ideias de "usar" e
"profanar". Para isto, Agamben parte de uma discussão da etimologia
de religio - não a etimologia que nos é dada comumente, religare, mas outra,
relegere, que aponta para outro sentido do religioso.
"O termo
religio, segundo uma etimologia ao mesmo tempo insípida e inexata, não deriva
de religare (o que liga e une o humano e o divino), mas de relegere, que indica
a atitude de escrúpulo e de atenção que devem caracterizar as relações com os
deuses.
A inquieta
hesitação (o "reler") diante das formas - e das fórmulas - a observar
para respeitar a separação entre o sagrado e o profano. Religio não é o que une
homens e deuses, mas o que se encarrega de mantê-los distintos."
Se a religião
pode ser definida como aquilo que subtrai as coisas, os lugares, e os separa,
enfim, transferindo tudo para uma esfera do intocável, Agamben propõe
justamente o contato como uma forma primeira de profanação - "Há
um contágio profano, um tocar que desencanta e devolve ao uso aquilo que o
sagrado havia separado e petrificado".
Dentro destas
premissas, Cia. Danças Claudia de Souza compõe esta obra para falar de rituais
do nosso tempo, presentes em nossos corpos, nossa cultura ... àquilo que
testemunhamos e construímos. Estamos aqui tratando dos ritos de passagem, da
liminaridade , enquanto comunicação com o sagrado em que símbolos secretos são
comunicados para os sujeitos rituais em forma de relíquias, máscaras e
instrumentos, contos, narrações míticas, símbolos que representam a unidade e a
continuidade do coletivo.
Ficha Técnica “Profanação”
Direção e Coreografia -
Claudia de Souza
Assistente de Direção –
Cristiana de Souza
Elenco – Claudia de Souza, Cristiana de Souza, Ítalo
Ramos, Junior Domingos, Rafael Abreu, Rafael Valentim e Yeda Peres.
Estagiária – Carolina Thomaz
Textos – Janaína Castro, Solange Borelli e Claudia de
Souza
Professora convidada –
Penha de Souza
Iluminação – Décio Filho
Assistente de iluminação – Alê
Assistente de palco –
Cristina de Cássia
Edição de trilha Sonora – Celso
Nascimento
Trilha sonora – J. Massenet,
Abel Korzeniowski, Kronos, Clementina de Jesus, Geraldo Filme
Fotos –Jônia Guimarães
Gravação e edição de vídeo –
Gabriel Moreto Bueno
Programação Visual –
Voga Planejamento Gráfico e Visual
Figurino e Cenografia –
Claudia de Souza
Produção e Administração – Núcleo Cia Danças
Apoio – Cooperativa Paulista de Trabalhadores de Dança
Duração – 60 minutos
Faixa etária – livre
Agradecimentos: Penha de
Souza, Jane dos Santos, Mãe Rosa, Sandra Gomes, Luiz Trigo, Anabel Andrés, Gabriel
Moreto Bueno, Solange Borelli, Selene Marinho e todo equipe da Radar Cultural, João Maurício, Janaína Castro,
Cecilia Salles e todos os amigos da casa de Umbanda Caboclo Ubirajara.
Programa Municipal de Fomento Dança para
cidade de São Paulo - 12º edição
Contato - Cia
Danças Claudia de Souza
espacociadancas@gmail.com
http://www.facebook.com/CiaDancasClaudiaDeSouza
Av. Jandira
336ª – sobreloja – Moema. São Paulo – SP Brasil 04080-001
0xx11984435050
Tim
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