segunda-feira, 28 de maio de 2012

Reflexão sobre a linguagem da Cia / intérprete


Na constrtução de uma linguagem o corpo do intérprete/bailarino começa a se expressar de uma forma específica e única e é essa a forma que irá caracterizar a linguagem. É um processo longo até que haja e apareça algo significativo, novo, diferente e autoral.

O trabalho de sensibilização nos prepara e ativa para a consciência desse processo em todos os níveis – físicos , emocionais e sensorias.

Quando digo sensibilização não me refiro só às práticas somáticas para essa experiência. Mas também a uma abordagem sensível e orgânica de trabalhar as técnicas de formação em dança.

Dançar não é apenas movimentar-se bem, é antes de tudo sentir e perceber o corpo, se apropiar dessa ação, transformar essa ação em sua forma de ser, na sua dança, no seu corpo, ouvir e  seguir o seu instinto.

Assim como o pensar é um exercício, o sentir também precisa ser exercitado.

O desenvolvimento do trabalho físico, emocional e sensorial concomitantes fortalece o amaduracimento para um corpo expressivo e criativo que comunica e contamina. Constrói um intérprete inteiro, livre de medos, pudores, tensões e distrações, capaz de atuar com entrega plena.



Claudia de Souza

Diretora e coreógrafa da Cia Danças

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